terça-feira, 27 de maio de 2008

Arte Contemporânea

A arte contemporânea é um período artístico que surge na segunda metade do século XX e se prolonga até aos dias de hoje. Após a Segunda Guerra Mundial, , sobrepõe-se aos costumes a necessidade da produção em massa, quando surge um movimento na arte, esse movimento revela-se primeiramente na sociedade.
A arte começa a incorporar ao seu repertório questionamentos bem diferentes das rupturas propostas pelas Arte Moderna e as Vanguardas Modernistas. Este período está presente na década de 60, com o aviso de uma viagem ao espaço. As formas dos objetos tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil. Na década de 70 a arte contemporânea é um conceito a ter em conta. Surge, enfim a Op Art, baseada na “geometrização” da arte, Pop Art, baseada nos ícones da época, no mundo festivo dos setenta, uma arte comercial, que mais tarde se tornaria uma arte erudita.
A partir de meados das décadas de 60 e 70, notou-se que a arte produzida naquele período já não mais correspondia à Arte Moderna do início do século XX. A arte contemporânea entra em cena a partir dos anos 70, quando as importantes mudanças no mundo e na nossa relação de tempo e espaço transformam globalmente os seres humanos.

Minimalista

O minimalismo surge em 1960 e utiliza um mínimo de recursos e a simplificação extrema da forma. O termo é mais aplicado à arte tridimensional do italiano Piero Manzoni e dos norte-americanos Donald Judd e Robert Morris. O método minimalista ordena unidades formais, idênticas e inter-relacionadas, criando freqüências seriais (como modulações) que questionam os limites da sensação, ao repetir-se ao infinito ou inverter continuamente as escalas. Nesse sentido, a obra nunca está acabada e, como o universo físico na teoria da relatividade, depende sempre do observador.

Obra de Piero Manzoni

Arte Conceitual

Criada nos anos 60 por Joseph Kossuth a partir das idéias de Marcel Duchamp, a arte conceitual parte do princípio de que o simples deslocamento dos objetos de seu contexto habitual pode provocar uma reação reflexiva do observador. A combinação de alguns elementos sugere idéias; em Uma e três cadeiras (1965), por exemplo, Kossuth propõe uma discussão sobre os limites da linguagem contrapondo uma cadeira (o objeto tridimensional), uma foto de cadeira (sua tradução bidimensional) e a palavra cadeira (sua versão simbólica). A arte conceitual gera, nos anos 70, o conceito de "instalação" - um arranjo cênico de objetos, que vem a se tornar a linguagem predominante da arte no fim de século. Variante da arte conceitual é a land art (arte da terra), dos ingleses Richard Long e Robert Smithson, que intervêm em formas da natureza, colocando por exemplo círculos de pedra numa clareira de floresta.

“Uma e três cadeiras” - (1965), de Joseph Kossuth

Op Art

Op art é um termo usado para descrever a arte que explora a falibilidade do olho e pelo uso de ilusões ópticas. A expressão “op-art” vem do inglês e significa “arte óptica”. Defendia para arte "menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo mutável e instável, que não se mantém nunca o mesmo.
Os trabalhos de op art são em geral abstratos, e muitas das peças mais conhecidas usam apenas o preto e o branco. Quando são observados, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se.
Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art; em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da ciência e da tecnologia.
Artistas op art dignos de nota são Alexander Calder, Youri Messen-Jaschin e Victor Vassarely.
Pintura de Alexander Calder

Pop Art

Ainda nos anos 50, surge com o inglês Richard Hamilton a pop art, que nos anos 60 se torna o movimento artístico mais influente dos EUA. Sua idéia é reutilizar imagens da sociedade de consumo (de marcas industriais a celebridades), chamando a atenção do espectador para sua qualidade estética e poder de atração, fazendo ampliações ou variantes cromáticas. Andy Warhol faz serigrafias com o rosto de artistas de cinema (Marilyn Monroe) e embalagens de alimentos (sopa Campbell's). A bandeira americana (utilizada por Jasper Johns), histórias em quadrinhos (Roy Lichtenstein) e outros ícones da comunicação de massa são usados. No caso de Robert Rauschenberg, colagens e ready-mades servem para incorporar maior grau de conceitualização à pop art, discutindo questões como a fragmentação obsessiva e fetichista do mundo contemporâneo.

Pintura de Richard Hamilton

Performance

O pioneiro da arte performática, que nos anos 70 se torna moda mundial, é Allen Kaprow, que cria em 1959 o happening (acontecimento): uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. Do happening nasce depois a performance, que é planejada e não prevê participação da platéia. Em 1965, por exemplo, Joseph Beuys cobriu o rosto com mel e folhas de ouro, pegou nos braços o cadáver de uma lebre e percorreu uma exposição de pinturas discursando sobre a futilidade da arte diante da tragédia ecológica. Variante da arte performática é a body art (arte do corpo), do francês Yves Klein e do norte-americano Bruce Nauman, que usa o corpo humano, como garotas nuas pintadas de azul que, dançando, se jogam contra telas em branco.
Obra de Joseph Beuys

Hiper-Realismo

O hiper-realismo pode ser também conhecido como realismo fotográfico ou também como fotorealismo, na qual é um estilo de intura que busca mostrar um enorme apego a detalhes, tornando a obra quase idêntica a uma fotografia ou a uma cena da realidade. As obras, pelo fato de apresentarem detalhes bastantes exatos geram um efeito de irrealidade, tornando tão perfeito que talvez não pudesse ser real. Utiliza-se de cores luminosas e pequenas figuras incidentais, para pintar de maneira irônica e bonita o caos urbano atual. Teve início em 1968, inspirados pela pintura de Edward Hopper, artistas norte-americanos como Chuck Close, Richard Estes e Malcolm Morley proclamam o retorno ao figurativismo, mas apresenta uma expansão nos anos 70, tendo grande popularidade na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Pintura de Hiper-Realismo de Chuck Close